quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

                                        A Felicidade

        Suzana estava tão feliz. Ria à toa, aqui, acolá, tal qual uma criança ao ganhar sua primeira bicicleta. Vale lembrar que Suzana era mulher feita, como se diz no interior do Rio Grande do Sul.  "Me conta Suzana, Suzaninha de onde vem tanta felicidade", perguntavam as amigas intrigadas, pois antes era difícil  vê-la sorrir. Não respondia, apenas ria. Até que um dia começou a ficar com medo da inveja das amigas! Achou melhor contar a elas: " Tive um sonho em que alguém sem rosto me dizia: ao acordar pense  em uma situação  alegre ; ao levantar vá até ao espelho e sorria para ti mesma; no café   sinta o paladar de cada alimento; Ao se vestir escolha roupas coloridas, dispense o pretinho básico. Depois ao chegar ao trabalho diga bom  dia  ao porteiro, ao ascensorista e aos teus colegas de trabalho. -Ah ,disseram suas amigas desanimadas.
        Há que se dizer que as amigas não acreditaram e fofocavam que a Suzana estaria envolvida amorosamente com alguém, ou até poderia ter ganho na mega  e estaria dando um tempo para depois sumir da cidade.
        Uma amiga resolveu colocar em prática o conselho de Suzana. Era uma moça magrinha, meio desajeitada. Certo dia as outras amigas a encontraram, o nome dele era Maria Antônia  e levaram o maior  susto. Agora era ela quem sorria, quando não com os lábios, sorria com os olhos. Por onde passava deixava um rastro de riso.Sabe como é cidade do interior as coisas se espalham num vapt vupt (expressão do Chico) que se diga fora da ficção hoje acordou do coma de  vinte dias, com um sorriso grandão.
        Finalizando, as que não acreditaram em Suzaninha continuaram na mesma vida, uma risadinha de vez em quando meio forçada não essa de Suzana que vinha de sua alma.
        Sabes o que tu leitor, deves fazer agora: Sorria, não importa que esteja só , sorria para ti mesmo. O mundo é bonito, não olhe para as coisas feias, além de  que rir é uma ginástica facial, cria menos rugas do que um rosto sisudo. Ainda acho que  sorrir é bem delicado, mais elegante, mas há ocasiões que uma boa gargalhada não fará mal a ninguém. Hoje me acordei inspirada para escrever sobre a felicidade, não copiei de livro de auto ajuda, mas ficou meio parecido. Vou parar por aqui.

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